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Soluções inovadoras nas fachadas reduzem poluição

03/11/2015

A luta contra a poluição nas grandes cidades conta com a tecnologia em diversos aspectos, mas, recentemente, inovações na área de arquitetura vêm ampliando essa participação. Há alguns anos, quem imaginaria um prédio cuja fachada absorve a poluição?

Ainda não foi possível medir cientificamente o quanto o prédio consegue afetar o ambiente ao redor dele. Os fatores que influenciam os resultados não são possíveis de serem controlados. Direção do vento, nível de poluição e de luz estão sempre mudando. O que se pode fazer é provar a atividade da fachada, que testes de laboratório provaram uma redução de 70% das taxas (de dióxido de carbono) em condições favoráveis de vento.

A fachada funciona como proteção contra a luz do sol e como fotocatalisador. A forma foi inspirada em corais marinhos e é revestida com dióxido de titânio, um pigmento que age como catalisador de reações químicas quando ativado pela luz do sol. Quando os raios UV atingem o material, a reação converte monóxidos de nitrogênio, ou seja, um dos componentes da fumaça, em substâncias menos agressivas como o nitrato de cálcio e água e outras não tão desejáveis como o dióxido de carbono.

No Brasil

A variedade de materiais utilizados para evitar gastos energéticos e contra a poluição é bem grande. Para evitar o efeito ilha de calor nos prédios e a proliferação de fungos e bactérias, por exemplo, foram criadas tintas que refletem radiação e evitam o calor dentro dos prédios, além de serem autolimpantes e antifungo.

As tecnologias vão desde aproveitar a ventilação natural de um prédio ao uso de vidros que filtram calor, sistema inteligente de gerenciamento de água, ares condicionados com qualidade controlada por computadores, irrigação por gotejamento diretamente na raiz das plantas para evitar evaporação, e, é claro, uso da fotocatálise de várias formas, inclusive para limpar o ar condicionado.O estádio Mané Garrincha, por exemplo, tem uma cobertura autolimpante que sequestra CO2.

O bom e velho verde

Essas tecnologias harmonizam também com a boa e velha alternativa: mais verde na cidade. Além de sequestrarem dióxido de carbono do ar, as árvores ajudam a absorver água das chuvas, ajudando a conter enchentes, e elevam a umidade do ar, ajudando contra a formação de ilhas de calor. O telhado verde, que já virou lei para edifícios em Recife neste ano, consegue melhorar a temperatura dentro e fora do prédio. Em nível nacional, ainda está para ser votada uma lei federal sobre o assunto.

Entre 2012 e 2013, o geógrafo Humberto Catuzzo mediu a temperatura em dois prédios no meio da ilha de calor de São Paulo, durante um período de um ano e 11 dias a cada dez minutos. Na sede da prefeitura, onde há telhado verde, a temperatura chegou a ser cinco graus mais baixa do que num prédio sem cobertura verde. Além disso, a umidade no prédio da prefeitura foi 16% mais alta.

Houve redução de gasto de energia internamente, pois, no verão, fica mais fresco, e, no inverno, mais quente dentro do prédio. A cidade de Chicago é um exemplo da aplicação dos telhados verdes e estudos mostram que há redução de gasto de energia com ar condicionado. Em março, a prefeitura de São Paulo incluiu fachadas e telhados verdes como possibilidade de compensação ambiental.

Fonte: Blog do Macedo - Arquitetura e
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